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Como a reforma tributária vai mudar a formação de preços nas empresas

Como a reforma tributária vai mudar a formação de preços nas empresas

A reforma tributária aprovada no Brasil vai muito além da área fiscal — ela vai mexer diretamente na forma como as empresas formam seus preços.
Com a substituição de tributos como ICMS, ISS, PIS e Cofins pelos novos CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), será preciso repensar custos, margens e estratégias comerciais.

Um sistema mais simples e transparente

Hoje, cada estado e município aplica regras próprias, o que gera complexidade e diferenças no preço final.
Com a unificação, o processo fica mais padronizado e a composição dos preços se torna mais clara. Isso facilita o entendimento do cliente e aumenta a concorrência justa — mas também exige que a empresa seja mais precisa nos cálculos.

Descontos e aumentos setoriais

Alguns setores terão redução de até 60% na alíquota — como educação, saúde, transporte público, higiene e determinados insumos agrícolas.
Por outro lado, produtos que entrarão no Imposto Seletivo (como bebidas alcoólicas, cigarros e alguns veículos) devem ficar mais caros, impactando diretamente as tabelas de preços.

Efeito na margem de lucro

Com o modelo de IVA dual, será possível aproveitar créditos tributários em toda a cadeia produtiva, diminuindo o efeito cascata.
Isso pode abrir espaço para margens mais equilibradas, mas o resultado vai depender de cada segmento e da forma como a empresa se organizar.

Como se preparar

Para não ser pego de surpresa, é importante:

  • Revisar o cálculo de custos e atualizar sistemas de gestão;
  • Treinar equipes de vendas e finanças sobre as novas regras;
  • Reavaliar contratos e propostas que se estendam pelos próximos anos.

Conclusão

A reforma tributária representa uma mudança estrutural no ambiente de negócios brasileiro.
Embora traga simplificação e mais transparência, ela também exigirá atenção e adaptação por parte das empresas. Quem começar a se preparar agora terá mais chances de ajustar preços de forma estratégica, manter a competitividade e aproveitar as oportunidades que esse novo cenário pode oferecer.

Fontes: